quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

                               Não custa tentar...


Engraçado as abelhas. Quando as janelas estão fechadas elas batem de frente. Se jogam. Lutam com toda a força contra o inquebrável vidro do mundo humano. Mas elas não desistem. Os cientistas dizem milhares de motivos pra tal atitude. Mas eu acredito que haja apenas uma explicação. As abelhas têm fé. Elas creem que a possibilidade da janela um dia estar aberta é a mesma de estar um dia fechada. Por isso elas tentam. Porque o futuro só a Deus pertence. As janelas sempre estarão à disposição. Resta saber se abertas ou fechadas. E para isso, apenas jogando-se é que elas poderão obter resposta. Apenas tentando é que se atravessa o vazio de uma janela.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


                                 Apenas seja...                       


Às vezes fico assim pensando... Existem tantos ângulos para minhas observações. Tantas cores se abraçando e se soltando. Tanto preto no branco e branco no preto. É engraçado olhar as coisas de jeitos diferentes. São modos. Modos de se vestir, de se expressar, de sorrir ou de apenas olhar. Mas são tão diferentes. Digo, há maneiras de se mostrar. E é gozado perceber que o sorriso da vizinha é diferente do de meu pai. Que as lágrimas da menina chorosa ali da frente são totalmente incomparáveis com o choro da criança que acabou de nascer. É perceptível que o ser humano nos proporciona essas peripécias. A possibilidade de ver as mesmas situações, porém com significados completamente inversos. A oportunidade de se surpreender com o básico e habitual. Vi, revi, e verei mais vezes. Entretanto, cada olhar, cada sorriso, seu ou meu, não importa o sujeito, tem marca própria. E, meu amigo ou amiga, sabe o que me surpreende ainda mais? Perceber que o que proporciona essas diferenças de sensações, embora de mesmas ações, somos nós mesmos. É! Nós, que vemos o sorriso ou o choro, o grito ou o silêncio.  Você que está triste nesse momento. Pense. O que essa tristeza te diz? Você sabe por que está triste?  E se eu lhe visse agora? Eu saberia dizer se está na fossa ou na bossa? Isso acaba onde quero chegar. O que sua imagem me transmite, faz, em minha mente, um estereotipo seu. Se, nesse momento eu te faço sorrir. O que eu arranco de você, não são apenas dentes lustrosos em sua mais inocente exibição. Eu lhe arranco a tristeza. Estanco a imagem cabisbaixa.  Acho que talvez não tenha captado meus pensamentos. Mas vou tentar deitar sob as palavras. Você, suas sensações e sentimentos, só existem porque ele existe. Porque ela existe. Quem? Ele, ela? Sim. O ser humano que te faz sorrir. A pessoa que te faz infeliz. Nós, tão estranhamente independentes psicologicamente, na verdade, não somos nada. Nada sozinhos. Somos instigados a sermos algo. Nossos modos são reflexos dos modos do amigo, parente ou conhecido. Da teia densa e extensa que é a vida humana. Somos absurdamente interdependentes. Esqueça aquela história de vencerei com minhas próprias forças. Somos cativados. Cada ser que cruza nosso caminho, desperta um novo Rafael, uma nova Ana, uma nova Amanda por dentro. Somos minuciosamente feitos de todos os tipos humanos. O vilão e o mocinho. A patroa e o empregado. A estranha e o popular. Está guardado em nossa alma. Mas a cada pessoa nova que cruza meu caminho, sou despertado de uma forma. Não são faces da mesma moeda. Não é nada disso. É apenas a realidade. Somos despertos a todo instante. Entretanto, em partes. Acho que talvez seja um pensamento com profundidade em excesso e dificuldade de cognição. Acalme-se. Não estou insinuando que seja incapaz de entender. Mas há suas reais dificuldades. Até para este que escreve o pensamento, é complicado reconhecer a verdade. Ou a estúpida mentira, caso discorde de todas minhas palavras.  Mas ando vendo assim as coisas. Cada pessoa nova, um Rafael novo. Lados antes escusos tornam-se predominantes. É como se fossem várias pessoas dentro de apenas um corpo. Uma mescla de seres. Só preciso ser pra ser, embora, na verdade, já seja. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

                                Incomoda,mas não mata...

Há alguns dias, um parente de estimável consideração de minha parte e , se bem o conheço, de semelhante consideração para com minha pessoa, contraiu uma virose. Daquelas que te deixam dias na cama. Febre, muco, náuseas, indisposição. Como um trabalhador, de tempo livre, quando a inspiração necessária não chega à minha mente, acabei indo lhe fazer uma visita. João me recebeu com agradável surpresa de doente. Todos os doentes quando recebem uma visita aparentam certa surpresa. O medo e a ignorância das pessoas muitas vezes isolam uma boa prosa de descontração do perigo de contágio. Nunca tive tais preocupações. Antes doente do que sem minhas reconfortantes e regozijantes provas de que a vida ainda é serena e compartilhável. De volta à agradável recepção de João José – tomo a liberdade de fazer outra pequena pausa em minha visita, mas é algo de merecido destaque o nome de meu parente. João José. Apesar de dizerem que o nome foi feito para a distinção e individualização dos seres; parente azarado esse meu. João José. Se dermos dois passos à frente da entrada de nossa casa, já cumprimentamos vários ‘’Joões’’ e vários ‘’Josés”. Nada mais comum e ao mesmo tempo brasileiro do que ser chamado de João José. Só faltou o ‘’Silva’’ para meu parente se tornar um verdadeiro representante do comum extremo. Mas a culpa não é do coitado, mas de seus pais. Pois bem, contar-lhes-ei o fato que me levou a escrever. Após os ‘’greetings’’, começamos a perguntar sobre a família, os amigos das antigas. Acabei, então, indagando-o sobre seu estado nada saudável. Ele me revelou sua falta de cuidados com a saúde, sempre preso aos vícios, e que uma doença havia lhe agravado um sério problema no organismo todo. Isso ele dizia parecendo um médico formado com anos de experiência. Perguntei-lhe se o médico era bem capacitado para desenvolver o tratamento. Eis que surge uma resposta nada convincente: “Meu caro, para um homem de minha idade, afastar a vinda da morte pode ser mais mortífero do que a própria chegada desta.’’ É aceitável tomar uns comprimidos por conta própria. Um resfriado ali, outro aqui. Ressalto um fato importante que aprendi com um médico: resfriado não é o mesmo que gripe. Esta mata. Aquele só proporciona canseira e espirros. Bem, João José era o tipo de pessoa que percebemos ser um ‘’auto-médico’’. Nunca havia ido aos mestres do prolongamento da vida. Minto. Já havia ido à um médico. De acompanhante da esposa. Irrelevante para a própria saúde. Pois João José é um dos tipos que vemos com muita frequência nesse mundo. Os portadores da ''médicofobia’’. Ser curado e viver mais alguns anos não tem nada a ver com eles. É preciso entrar na faca para tudo. ‘’Eu, entrar na faca?’’. Definitivamente João José me trouxe a realidade à tona. Medicofóbico. Meu parente afirmava estar muito abatido e arrasado por sua doença. É triste saber que existem pessoas que não prolongam a vida. Como apreciador do viver, convenci João José a ir ao médico. Confesso que a demora foi tanta que cheguei quase à desistência. Contudo, parente querido merece alguns anos a mais de proveito mundano. Só após a promessa de que à menor suspeita de ‘’faca’’ João José poderia correr do pequeno posto de saúde da cidade e nunca mais precisar olhar pra ‘’jaleco branco’’ nenhum, é que minha proposta foi aceita. Rumamos ao doutor. Me senti em Hollywood. Parecia mais um sequestro da nova cobaia do governo federal do que uma visita para tratamento. Suava frio João José. Chegamos ao posto. Dez minutos de espera. ‘’Senhor João José?’’. Era chegada a hora. A primeira visita ao médico e para meu querido parente a última. “Totalmente desnecessário essa vinda. A morte não se engana.” Discursos covardes à parte, cadeira do médico. Estetoscópio no peito, garganta vistoriada, sintomas revelados e eis que surge a grande revelação que tanto João José afirmou ser a confirmação de sua sina. ‘’ Sr. João José, o senhor está com um incômodo resfriado.” Pronto. A morte estava distante de meu estimável parente de nome tão singelo. Até porque gripe mata. Já resfriado... só incomoda.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

                              
                                 Sopa de letrinhas



Confesso que não é um dos melhores dias - nem um dos melhores textos. Apesar de toda aquela diversão, momentânea, sempre acabo fluindo para o mesmo caminho. Para o pensar desnecessário. O remoer de ideias já moídas em minha cabeça; em meus pensamentos. Dessa vez penso ser algo tão indiferente que até me questiono do real valor dessas palavras. Se bem que tudo aparenta ser indiferente. Mas para os outros, não para mim. E é justamente sobre essa força que carrega o sentido das letras unidas, que me desperta esse desejo de escrever. Qual é o real sentido das palavras? Em que se difere um ‘’eu te amo’’ de um ‘’ eu te odeio’’? Qual o contraste que enxergamos em um ‘’ vai se ferrar’’ de um ‘’gosto de ti’’? Seriam óbvios. Odeio-te, nos leva a crer no ódio. Amo-te, nos leva a crer no amor. Mas, é realmente essa a intenção de quem as profere? É odiar ou amar? Talvez possa existir aquele que ama e diz te odeio. Aquele que odeia e diz te amo.  Não. ‘’Sr. Talvez’’, suma daqui. Existem essas pessoas. E, por mais estranho que seja, o antagonismo as fascinam. Acendem a chama ‘’ prazer do intelecto’’. Se você não é esse tipo de pessoa, certamente as achará loucas. Descabidas. Inverossímeis. Entretanto, são as pessoas mais interessantes que conheço. São contrárias a correnteza social! Existe algo mais interessante? Bem, sem essa de correnteza. Gosto de peixes que nadam tanto para a esquerda quanto para a direita. Façamos o seguinte: queimemos essa pobre ideia de sentido da correnteza. Blá,blá. Coisa mais inútil. Os seres são apenas do avesso. Ou melhor, ficam do avesso. Mas sempre quando você  veste o avesso, se desvira. Embora sempre torne a tal circunstância. A do avesso. Pois bem, as pessoas são assim. Ora ao contrário, ora do lado correto. E as palavras seguem esse caminho. Eu, na verdade, torço por esse caminho. O caminho da ré do falar. Seria triste pensar na irracionalidade das pessoas. No não saber que as frases tem sentido. É tão intragável ver pessoas se utilizarem das palavras como se fossem de direito. Pois bem.  Essa minha pífia análise só me serviu para introduzir um pensamento. As palavras possuem real valor? Uma colega disse que não. Um professor disse que sim. Acredito que essas letras, miúdas ou gigantes, faladas ou escritas, constituem o sexto sentido humano. Mulheres, parem de ler e vão dormir se realmente acham que o sexto sentido é feminino. O sexto sentido pertence às palavras. O sexto, o sétimo, o oitavo... Os sentidos que regem nossa vida pertencem às palavras. Você ouve letras, sente frases, profere textos, respira pingos no ‘’is’’ e mastiga cedilhas dos ‘’cs’’. Creio que o real sentido das palavras está na cabeça de cada ser. O que a mim é sim, a você pode ser não. Portanto, não afronte a criança que diz não querer banho. Para você, essas palavras remetem uma criança suja. Para a criança remete minutos preciosos de mais diversão. Não subestime o sentimento do adolescente. Mesmo que surgido há uma semana. Deixe-o dizer o ‘’te amo’’dele. Sua definição de tempo pode ser diferente da dele. Não devemos cair nessa armadilha de acreditar que podemos julgar a palavra do outrem. Se, na sua opinião, tem 5 quilos de imaturidade, para ele tem uma tonelada de sinceridade. Sejamos mais flexíveis. O real sentido das palavras está dentro de todos os seres. E cada ser, querendo ou não, possui balança própria para pesar sua sopa de letrinhas.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

                                                Sementes celestes


Saiu nos jornais da manhã: meteoritos invadirão a órbita terrestre e proporcionarão uma chuva estelar aos terráqueos do planeta azul. Pode ser banal pra maioria das pessoas, mas foi a notícia do ano pra este que escreve. Estrelas cadentes! Melhor, uma tempestade de estrelas cadentes. A beleza é indescritível. Mente aquele que diz não ver graça nos pequenos pontos luminosos da imensidão. Admiro-as como um gato admira o rato. Como o lobo vislumbrando sua presa. Com prazer. Água na boca. Como? Água na boca? Sim, meu caro. Tenho vontade de comer as estrelas. Quem sabe a doçura que envolve o céu não pudesse envolver minhas entranhas. Meu suco gástrico tão amargo. Deve adocicar. Exalaria um hálito de graciosidade, assim como as azaleias. Prefiro azaleias a rosas. Acalme-se você que enlouquece ao receber rosas do amado. Tenho uma explicação. Vaga, infértil e sem sentido. Mas a possuo. Sinto que as rosas são esnobes. Tão queridas, elegantes, desejadas. E as azaleias. Simples, humildes, amadas por poucos. Sinto-me atraído por aqueles que são pouco amados. Por essa razão as azaleias me são mais comoventes. Mas e quem quer saber? Como sou intolerante! Ninguém me perguntou sobre flores. Consciência, volte para as estrelas!
As estrelas... sim. Me parecem premissas. Na verdade são sementes. Não há boatos de que os bebês são trazidos pelas cegonhas? Então!  As luminosas são pequenas sementinhas que carregam nossos sonhos. Não acredita? É normal... afinal, a humanidade quase nem sonha mais... Entretanto eu ainda sonho. E ainda acredito em boatos. E às vezes também os espalho. E esse é o meu boato. As estrelas são sementes de sonhos. Isso me faz ter respostas do por que admiramos tanto a queda daquelas que brilham. Nossos desejos, nossa aspirações, parecem tornar-se próximos. Chegam perto do tangível. E isso acorda nosso subconsciente. Você. Cético mesquinho. Não venha desacreditar minha teoria! Pois eu sei muito bem, logo que acabar de ler essas palavras, será o primeiro a olhar para o céu em busca de seus sonhos. Afinal, estamos perdidos. Isolados na galáxia da descrença. Envoltos pelo buraco negro da monotonia. Absortos nos meteoros sem cores. Esquecidos de que o verdadeiro Sol é aquele que brilha dentro de cada ser. Que a verdadeira Lua está sob o olhar daquele que admiramos. De que as estrelas que cortam a paisagem nesse momento, nada mais são do que um resgate de Deus. Um clarão rápido e silencioso. Que em mim permanece por anos e sussurra meus mais intragáveis desejos. Que em você, sendo descrente ou não, inevitavelmente não deixará de fazer o mesmo. Admiremos as sementes celestes.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

                                                   Fim do dia


Sinto cada vez que vou me deitar ter menos sangue nas veias. Menos ar ao meu redor. Falta-me a certeza de que no amanhã estarei de pé. Falta-me talvez a vontade de levantar-me. A vontade de acordar dos sonhos, simples, mas belos. Sonhos ,cujo único lugar, sou feliz.

sábado, 3 de dezembro de 2011

                                 Indesejável, porém necessário...


Ah tristeza... por que é que tu existe mesmo? Eu sei... sei que não obterei resposta pra tal indagação. Mas dói. Queima. Arde. Ao menos mais branda poderia ser. Concorda comigo? Você que lê isto nesse exato momento. Concorde comigo. A tristeza podia ser mais suave conosco. Discorde comigo também. Aliás é por discordar. Debater. Ter coragem de dizer não, que acabei caindo nesse fundo sem poço. Ou seria poço sem fundo? Não sei. A mágoa que me alavancou inversamente é justamente por conta de situações como essa. Situações de discordância. Mas o que é discordar? Ignorantemente dizer não ao invés de sim? Sim ao invés de não? É engraçado como sou sugado. Sugado por algo que sei não ser meu reflexo. Talvez seja justamente por isso. Quem quer ver o próprio reflexo a dois dedos de seu nariz? Quem? O egocêntrico mais patife desse mundo suspeita disso. Suspeita que se ver todos os dias e achar-se o máximo é, coincidentemente, o máximo. Mas até mesmo ele sabe que nós, seres humanos, não desejamos clones de nós mesmos. Queremos o oposto. O descabido. Aquilo que nos norteia de um modo não suave, mas rebelde. Não doce, mas amargo. Diga-me. Por que isso acontece? Por que o interesse humano baseia-se no contra? Sei que estou enchendo esse mísero texto de questionamentos. Mas meu caro ou minha cara. Quem não questiona as estrelas, não sabe o que sinto. Quem não questiona as palavras, não sabe o que penso. Aliás, falando em palavras. Por que existe esse artefato palavra? De que adianta saber o alfabeto, seja em hebraico ou em hindu, em italiano ou latim, se quando precisamos usá-lo parecemos homens da pedra. Da caverna. Da verdade. Pensando melhor. É isso que acontece. A verdade é difícil de ser proferida. Mil palavras caem na nossa língua para uma ser pronunciada. Com certa dificuldade aliás. Mas me orgulho. Você aí. Orgulhe-se também. Você venceu milhões de guerras nucleares dentro das suas entranhas. Mas disse. Falou. Esclareceu. Eu sei que estas palavras estão confusas. Parecem frases jogadas ao vento. Mas esse é meu objetivo. Proferir tudo e nada ao mesmo tempo. Você que lê pode se atar ao nada. Entretanto eu sei que disse tudo. Ah... Balela minha. Ninguém abre o jogo assim. Existem milhares de coisas que mantenho em segredo. Entretanto essa é minha distração. Minha luz da felicidade no fim do túnel. Minha certeza de que o medo não me corrói mais. De que o que quero eu faço. Ou melhor, eu tento. Não tenho medo. Embora devesse, não possuo esse sentimento medíocre. Pois eu sei que tenho, no mínimo, mais algumas décadas de vida. Privar-se, seja do que for, daquilo que se tem vontade, é burrice. Você! Diga que é orgulho, que não é burrice. Ou melhor, não diga. Grite. Berre. Ensurdeça-me. Faça isso. Tão solenemente digo que eu gosto de seu jeito. Desculpe-me você que lê. Mas agora me dirijo a apenas uma pessoa. Você, que sobrevoa, corre e mergulha no fundo de minha alma. Tu sabes que é você. Não se finja de inocente. Pense em tudo. Também estou nesse momento a pensar. Vale a pena? É compensador correr o risco? Esqueça essas suas respostas. O que eu quero eu irei batalhar. E você, desculpe-me, faz parte da minha estrada. Da estrada do querer mesmo sem poder. Do nocautear mesmo estando nas cordas. Nas cordas da indesejável, porém existente, tristeza da vida.